FGF

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para editor do The Guardian, jornalistas são insubstituíveis na cobertura de conflitos

Segundo experiência desenvolvida pelo jornalista Paul Lewis, editor de projetos especiais do The Guardian, os distúrbios que ocorreram em Londres, em agosto, marcaram a diferença entre "cidadãos que informam e jornalistas profissionais". Para Lewis, a experiência provou que "não existem substitutos para os jornalistas".


O editor esteve por uma semana nas ruas londrinas durante os conflitos. Percorreu Londres, Birmingham e Gloucester. Durante esse tempo, conquistou 35 mil seguidores no Twitter. "Essa rede social tem uma capacidade de mobilizar usuários ativos, que lançam rumores e especulações", disse à revista Press Gazette




Entretanto, Lewis apontou que foram os repórteres próximos aos manifestantes que forneceram informações precisas e bem apuradas. "Alguns argumentam que, na era digital, os jornalistas serão substituídos por repórteres cidadãos. Os que geram os distúrbios mostraram que as pessoas podem consumir e produzir notícias de maneira diferente, porém, jamais conseguirão reportar um fato com a precisão e profissionalismo". 


Após a experiência com o Twitter, o jornalista destaca que seus seguidores no microblog não queriam informar, mas conversar e colaborar no processo de uma notícia sempre com parcialidade. 


Apesar de Lewis considerar a importância dos cidadãos, mas não qualificá-los para informar à população, na chamada "Primavera Árabe", marcada pelas revoluções no Egito, Tunísia e Síria, foram jovens ativistas de redes sociais que pautaram a imprensa. O jornal canadense The Globe and Mail destacou cinco personagens importantes que contribuíram, por meio de redes sociais, para proliferar informações muitas vezes não conseguidas pelos jornalistas. 


O primeiro é o blogueiro saudita Ahmed Al Omran, que repercutiu os protestos. Em segundo lugar vem a estadunidense Nora Shalaby, que, da cidade do Cairo, reportou os protestos contra o ditador Hosni Mubarak. Outra ativista foi a estudante de literatura na Universidade do Cairo, Alya el-Hosseiny, a primeira a criar a hashtag "#jan25", além do ativista de direitos humanos egípcio Mohammed Maree, e a produtora de rádio americana Sarah Abdurrahman. 


À IMPRENSA, o ativista argentino e integrante do movimento "Free Tibet", Jorge Carcavallo, destaca que não se deve diferenciar o que é mais adequado. Para ele, o que importa é que os fatos não sejam omitidos e que as mídias tradicionais e ativistas sejam complementares. "O importante é a informação. Venha de profissionais ou não, tem que vir. Independente se for a Al Jazeera ou o blogueiro, ainda mais hoje, quando a comunidade toma um papel importante na comunicação quando os jornalistas se omitem".

Fonte: Portal Imprensa
Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais


Artigos Relacionados

0 comentários:

Postar um comentário

Queremos saber sua opinião, então, fique à vontade e comente.