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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vídeo traz relatos de equívocos de jornalistas do Estadão no começo da carreira

O blog do curso de Focas do jornal O Estado de S.Paulo divulgou um vídeo com relatos de jornalistas sobre equívocos de começo de carreira e como estes erros podem ser evitados pelos que ingressam na profissão. 

Pedro Doria, editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado, lembra de sua "incapacidade de escrever um Lead", e do tempo que levou até perceber o que deveria conter um parágrafo introdutório.




Já o editor de Nacional, Claudio Augusto, lamenta a vez em que uma matéria não alcançou a devida repercussão justamente por ter um Lide fraco, e o quanto isso o chateou.  

Quando ainda na faculdade, Augusto produziu uma matéria para um informativo da Universidade de São Paulo (USP) contando que uma aluna do curso de Direito tinha sido violentada na Casa do Estudante, que serve de moradia aos alunos na da Cidade Universitária.

"Achei que a matéria iria ter um impacto tremendo na cidade universitária. O impacto foi zero", lembra.

Segundo o próprio, a informação mais importante - o caso de violência sexual - estava só no último parágrafo, o que teria contribuído para o fracasso da denúncia. "Tinha que ser o título. Por isso não teve impacto nenhum", explicou ao jornalista o responsável pelo informativo universitário à época. 

Como repórter iniciante da extinta Folha da Tarde, escreveu sobre a prorrogação da entrega da declaração do imposto de renda e para isso foi ao posto central da receita e não achou ninguém no local. Voltou a redação, telefonou para os responsáveis pelo posto e não obteve resposta. Foi então que escreveu que, no último dia da entrega das declarações, o posto central estava fechado. "Não era verdade. Eles simplesmente trabalharam em outro lugar", lamenta Claudio Augusto.

Na coletiva de imprensa da Receita Federal, no dia seguinte, a assessora perguntou quem era da Folha da Tarde e repreendeu o repórter pela informação errada na frente de dezenas de colegas. 

Cristina Padiglione, editora do suplemento TV & Lazer, perdeu uma oportunidade única de entrevistar um dos ícones da TV brasileira em uma festa na casa da apresentadora Hebe Camargo.

Receosa em abordar Silvio Santos, patrono do SBT, acabou perdendo-o de vista. Resultado: a falta de timing lhe rendeu uma bronca, já que, no outro dia, uma foto dele ilustrava a matéria, mas não havia qualquer depoimento de Silvio sobre o evento. 

"É bom que isso tenha acontecido no começo, porque eu tenho sempre isso na cabeça: quando você encontra algum personagem que é raro e que você não vai ter outra oportunidade, não deixe de falar com ele", alerta. 

Lourival Sant'Anna, repórter especial, quando começou no Estadão, no início da década de 1990, lembra da vez em que afirmou que a fundação do Estado de Israel teve o apoio dos EUA e a oposição do leste europeu. "E eu estava errado. Era exatamente o contrário. Foi um erro de conclusões precipitadas", afirma 

Para Sant´Anna, "a experiência que faz você ter dúvidas sobre todas as suas apurações anteriores. E com o tempo que você descobre que só apurando que você sabe as coisas. Imaginando e deduzindo, você só se dá mal".   

Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais

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