quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Jornalista demitido por ordem de Jacques Wagner se junta aos PMs grevistas na BA
O radialista e jornalista, Valdeck
Filho, que trabalhava como repórter no programa policial “Na Mira”
apresentado pela TV Aratu, foi demitido na última sexta-feira (3/2).
Valdeck perguntou ao diretor geral
qual o motivo de sua demissão e obteve como resposta de que estava sendo
dispensado e que não importava o motivo. Posteriormente, o jornalista
descobriu que a direção geral da emissora estava acatando ordens do
governador da Bahia, Jacques Wagner.
A equipe do “Na Mira” confimou o motivo da dispensa: “não fomos nós do programa que o demitimos, ele foi embora por ter apoiado a greve dos policiais”, disse uma funcionária do programa.
A equipe do “Na Mira” confimou o motivo da dispensa: “não fomos nós do programa que o demitimos, ele foi embora por ter apoiado a greve dos policiais”, disse uma funcionária do programa.
Crédito:Agência Brasil
Governador não aceita atitude de jornalista e pede sua demissão a emissora na Bahia.
À IMPRENSA, Valdeck Filho, esclareceu algumas questões que, segundo ele, foram distorcidas pela mídia baiana. Ele acusa a imprensa de estar “comprada” pelo governo. “Toda a imprensa baiana blindou o governo, não se olha para os lados, o governo manda as informações e os veículos publicam da forma como recebem. A mídia está publicando notícias falsas a respeito da greve nos colocando como os culpados da história. Mais de 250 pessoas foram assassinadas, mas ninguém comenta sobre isso”, desabafou o jornalista.
“A imprensa diz que os PMs estão
matando as pessoas, dizem que a polícia forjou essa greve para saquear a
população, mas na verdade, os crimes vêm acontecendo pela falta de
policiamento, por lutas territoriais e vingança. O governador poderia
cooperar e resolver isto, mas preferiu cercar a Assembléia nos
impossibilitando de sair”, acrescentou.
Após sua demissão, Valdeck aderiu ao
movimento dos policias militares e afirmou que tudo poderia ser
resolvido sem greve. “Em momento nenhum, os PMs queriam causar confusão,
só queriam que as gratificações do passado fossem pagas. Essa é a única
reivindicação dos policiais”, afirmou.
O jornalista passou a usar laptops e
celulares para informar a população sobre o que vinha acontecendo, até
que cortaram a água e a luz dos grevistas. “Está difícil conseguir
mantimentos e divulgar o que acontece agora”, disse.
Na última sexta-feira (3/2) na parte
da noite, ele se juntou aos policiais em greve, em frente à Assembléia
Legislativa baiana, local onde estão acampados para protestar contra o
governo local que não quer cumprir os compromissos com a polícia. No
mesmo dia, Dilma Roussef autorizou intervenção federal. Soldados do
exército foram levados para o local da greve para cercar os grevistas,
impossibilitando sua saída para comprar mantimentos.
Desde então, aproximadamente dois mil
policiais com suas famílias e o jornalista, seguem sitiados em frente à
Assembléia. Estão cercados, por homens do exército, helicópteros e
atiradores de elite estrategicamente posicionados.
Na noite da última segunda-feira (6/2), familiares se aproximaram do cerco formado pelos soldados e jogaram suprimentos para que os grevistas consigam resistir o máximo que puderem.
Na noite da última segunda-feira (6/2), familiares se aproximaram do cerco formado pelos soldados e jogaram suprimentos para que os grevistas consigam resistir o máximo que puderem.
“Eu
ando sempre com dois policiais ao meu lado, eles não me deixam sozinho e
não querem que eu me exponha tanto, o risco é iminente”, comentou
Valdeck.
*Com supervisão de Vanessa Gonçalves.
Temos como intuito postar notícias relevantes
que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog.
E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto,
pertencem a ela todos os créditos autorais.
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