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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Presidente da Fenaj fala sobre Federalização dos Crimes contra Jornalistas

No início de maio, dois membros da Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj, Celso Schröeder e José Carlos Torves, reuniram-se com o deputado federal Delegado Protógenes (PC do B) para discutir a proposta de Federalização dos Crimes contra Jornalistas. O delegado ficou conhecido após sua atuação na Operação Satiagraha, deflagrada em 2008. A intenção da reunião era traçar um plano de atuação para aprovar o projeto de lei no Congresso.

O deputado sugeriu a criação de audiências públicas para debate do tema em esfera nacional. Se aprovada, a lei fará com que os crimes cometidos contra jornalistas sejam julgados diretamente pela Justiça Federal. "Isso pode diminuir sensivelmente a impunidade em relação aos crimes contra jornalistas", explica Celso Schröeder, presidente da Fenaj.


IMPRENSA
- Como funcionarão as audiências públicas?

CELSO SCHRÖEDER
- Nos vamos colocar todos os interessados. Eu sei que a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), por exemplo, tem uma posição favorável. Nós temos varias diferenças com SIP, mas deste ponto de vista, nos interessa que seja parceira. Então acho que tem que convocar todas as entidades e setores da sociedade brasileira que tenham interesse nesse debate. Não pode ficar ninguém de fora, para transformar essa proposta numa decisão consciente. Mas ainda não definimos como isso será conduzido.

IMPRENSA
- A proposta tem apoio do Congresso?

C.S.
- O apoio tem sido tímido, mas por desconhecimento, me parece, do que por rejeição ou crítica. Precisa dessas audiências públicas para dar visibilidade à proposta e transformá-la não numa proposta corporativa ou que traga privilégios para a categoria, longe disse, e dar essa dimensão que a lei encerra. O deputado Protógenes se propôs e o seu passado policial o ajudou nisso, quando soube da quantidade de crimes impunes ou não investigados contra jornalistas.

IMPRENSA
- Como a proposta tem repercutido?

C.S.
- Agora é preciso constituir uma bancada, apoio das lideranças... ianda é tudo muito incipiente. O que nos parece muito salutar é que essa lei me parece fudamental para a América latina. Eu também sou presidente da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe e nós temos tido muitos problemas em países como Colômbia e México, onde o estado é muito ausente nas ações de punição e averiguação. E isso deixa os jornalistas desses países muito fragilizados. Por isso essa é uma ação que transcende, importante não só para os jornalistas brasileiros, mas para a América latina, porque pode constituir uma base política, uma base legal que ajude as ações que estão acontecendo em diversos países, através da fenaj, da fepal, da fij, que Tb tem propostas de federalizar esses crimes, principalmente onde já há uma quantidade insuportável desse tipo de crime.

IMPRENSA
- Há apoio dos por parte dos veículos de imprensa?

C.S.
- Nesse ponto, nos vamos aproximar veículos e jornalsitas, o que me parece fundamental. Já tem uma ação no Rio inclusive, de proteção ao jornalsita, com ações preventivas para os jornalistas. É um passo adiante. Isso significa continuidade à necessidade, dos interesses das corporações, dos sindicatos, dos jornalistas. É uma cateogria que encontra enormes dificuldades principalmente em lugares onde o estado não está consolidado, onde os poderes locais são muito fortes, que é onde, muitas vezes acontecem esses crimes e eles dificilmente são investigados. É um dado muito preocupante e acho que pode ser esse o propósito da lei.

Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais

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